Ministério Público recorre de decisão que concedeu liberdade a suspeitos de comprar bebê em Manacapuru; presidente do TJAM determina investigação contra juiz
- Adauto Silva
- há 2 horas
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O Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), por meio do promotor Dr. Gerson de Castro Coelho, entrou com recurso contra a decisão do juiz Marco Aurélio Plazzi, que concedeu liberdade provisória, mediante medidas restritivas, a três acusados de participação na suposta compra de um bebê recém-nascido no município de Manacapuru, Região Metropolitana de Manaus.

Diante da grande repercussão do caso, o presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), desembargador Jomar Fernandes, determinou que a Corregedoria do Tribunal instaure uma investigação para apurar a conduta do magistrado responsável pela decisão durante a audiência de custódia.

⚖ Entenda o caso
Na tarde de sábado, durante audiência de custódia, o juiz Marco Aurélio Plazzi concedeu liberdade provisória a:
José Urbelan Pinheiro de Magalhães, conhecido como “Sabão”, 47 anos – apontado como intermediador;

Wesley Fabiano Lourenço;
Luiz Armando dos Santos.
O trio havia sido preso na sexta-feira (11/07), após denúncia anônima que levou a Polícia Civil de Manacapuru a flagrar o suposto esquema de compra de uma criança recém-nascida pelo valor de R$ 500. Segundo as investigações, “Sabão” teria recebido o dinheiro via PIX para intermediar a entrega da criança, alegando que a mãe estaria endividada com um agiota.

👶 Suspeita antiga e repercussão
Além do caso atual, nas redes sociais circula denúncia de que outro casal homoafetivo, supostamente os mesmos acusados, teria envolvimento no desaparecimento de uma criança em Manacapuru. O caso não chegou oficialmente à Justiça, mas aumentou a indignação popular e as cobranças por rigor nas investigações.
🏛 Decisão sob questionamento
O recurso apresentado pelo promotor Gerson de Castro Coelho questiona a concessão da liberdade aos suspeitos, considerando a gravidade do crime.
Atento à repercussão e à necessidade de transparência, o presidente do TJAM, desembargador Jomar Fernandes, solicitou que a Corregedoria do Tribunal apure se houve eventual falha ou irregularidade na condução do processo por parte do juiz Marco Aurélio Plazzi.
🚨 Próximos passos
O caso segue em investigação pela Polícia Civil de Manacapuru. Os suspeitos, agora em liberdade provisória, devem cumprir medidas cautelares até nova decisão judicial. A mãe da criança também deve prestar depoimento e poderá responder pelo crime.
