Os atendimentos são por meio dos Serviços de Apoio à Mulher, Idoso, Criança e Pessoa com Deficiência (Samic)
“Agora eu me encontro em uma situação bem melhor”. A fala é de Naiara Alfaia, de 31 anos, professora e uma das mulheres atendidas pelo Serviço de Apoio à Mulher, Idoso, Criança e Pessoa com Deficiência (Samic). Disponibilizado pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), o atendimento é humanizado e voltado a pessoas em situação de vulnerabilidade no interior do Amazonas, e integra a Rede de Proteção e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher.
Localizados nos municípios de Itacoatiara, Parintins, Maués, Tabatinga, Humaitá e Tefé, as unidades oferecem orientação psicológica e de assistência social, além da capacitação e estímulo ao empreendedorismo e autonomia das mulheres. O serviço atendeu cerca de 3 mil pessoas em 2022.
Foi em Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus) que Naiara encontrou o suporte necessário em um momento difícil. Após denunciar o crime na Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher (DECCM), a professora foi orientada a procurar o Samic e buscar outros tipos de apoio.
Vinda de um relacionamento abusivo, ela teve no Samic o auxílio profissional para entender a própria situação e se libertar do ciclo de violência no qual estava inserida
“Fui atendida na delegacia e orientada a vir aqui no Samic. A partir daqui, eu fui atendida pela assistente social, que me orientou, fui bem acolhida e ela conversou bastante comigo. Agora eu me encontro em uma situação bem melhor do que quando cheguei aqui. Hoje, eu consigo conversar, sair, me distrair, diferente da angústia e do medo que sentia antes”, contou a assistida.
O espaço conta com a parceria da Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), que presta apoio jurídico para as mulheres vítimas de violência e seus familiares.
A psicóloga da unidade Itacoatiara, Joelma Rocha, explica os atendimentos e serviços realizados na Casa de Maria, como também é conhecida a estrutura.
“Além desse apoio emergencial, desse atendimento, nós também damos orientações. Muitas mulheres nem sempre querem realizar o boletim de ocorrência, mas querem começar pelas informações, da procedência, como será após o registro, o apoio, o encaminhamento para outros órgãos, entre outros. Só no mês de janeiro, foram 53 atendimentos, em fevereiro, 72 atendimentos até o momento”, comenta a psicóloga.
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