A Policia Civil do Amazonas com apoio da policia do Pará prendeu na noite desta terça-feira, 08/08, Gil Romero Machado Batista, de 42 anos, suspeito do crime barbaro cometido contra Débora da Silva Alves, 18 anos, que estava grávida de oito meses do suspeitoquando foi morta com requintes de crueldade.
Jovem desapareceu no dia 29 de julho, também na Zona Leste da capital, após sair de casa para se encontrar com o pai da criança.
O corpo foi encontrado durante a manhã desta quinta, em uma área de mata localizada no Mauazinho. A mulher foi queimada e teve os pés cortados. Ela também foi encontrada com um pano no pescoço o que, para os agentes, pode levar a crer que ela tenha sido asfixiada.
O Instituto Médico Legal, após exame de necropsia não apontou presença de bebê no corpo de Débora. Essa é uma das incógnitas que ainda deve ser esclarecida no caso
A motivação para o crime era de que o pai da criança não aceitava a gestação.
Segundo a família, o homem vinha ameaçando Débora por não aceitar a gravidez. Ele seria casado e temia o fim do relacionamento com a atual mulher.
A PRISÃO DO SUSPEITO
O principal suspeito do feminicídio, Gil Romero Machado Batista, de 42 anos, pai da criança, que estava sendo procurado pelas equipes de policia do Amazonas foi preso na noite desta terça-feira, 08/08.
Gil Romero foi preso pela polícia Civil do Pará, na cidade de Curuá, próximo a Óbidos. Após a prisão ele foi levado para a cidade vizinha, onde agentes da DEHS da Polícia Civil do Amazonas já estava aguardando.
A morte com requintes de crueldade
A Jovem grávida foi morta, carbonizada e teve corpo jogado em área de mata pelo pai da criança que não queria a gestação
A mulher foi queimada e teve os pés cortados. A jovem também foi encontrada com um pano no pescoço, o que indica que ela foi asfixiada, segundo a polícia. No local a polícia também encontrou um pedaço do crânio do bebê que ela esperava.
O desenrolar das investigações levaram à prisão do primeiro suspeito
A Delegacia de Homicídios e Sequestros (DEHS), da Polícia Civil do Amazonas, prendeu José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como “Nego”, um dos envolvidos no assassinato da jovem Débora da Silva Alves, 18 anos, que estava grávida de oito meses quando foi morta com requintes de crueldade. A motivação para o crime era de que o pai da criança não aceitava a gestação.
O Foco das investigações era Gil Romero
O principal suspeito do feminicídio, Gil Romero Machado Batista, de 42 anos, pai da criança, está sendo procurado pelas equipes.
De acordo com o delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, a vítima já havia passado por outras situações com o pai da criança antes do fato, mas decidiu perdoa-lo.
“No inicio da gravidez Romero havia dado remédios abortivos para ela mas não teve sucesso. Ele também tentou contra a vida dela a levado para um local de mata, entretanto, ela estava com uma faca na mão e conseguiu se defender. Debora relatou esses casos para amigos e familiares mas não houve registro de BO, por isso, fica aqui uma alerta as mulheres que confiem na polícia e qualquer indicativo de violência e maus tratos que procurem as autoridades”, disse Cunha.
Ainda segundo as autoridades, no dia do crime, a vítima se encontra com alguém e fala que estava esperando pelo pai da criança que ia lhe dar um dinheiro para comprar o berço do bebê e após isso não foi mais vista. Através das investigações foi constatado que Gil Romero havia saído do trabalho exatamente no momento em que a vítima avisou que ia se encontrar com ele.
A delegada Deborah Barreiros, adjunta da Especializada, relatou que foi encontrado dois veículos utilizados no crime e no boteco, que era de propriedade de Gil Romero, trabalhava o ‘Nego’ que era gerente do local e uma pessoa de confiança do homem.
“No dia do crime, Romero chamou ‘Nego’ para ir até o local onde ele era vigilante, que era um usina abandonada, eles já tinham o costume de ir nesse lugar pois estavam saqueando fios de cobre de lá.
De acordo com o depoimento de José Nilson, Romero o chamou para o carro onde encontrou a jovem morta e que aparentemente teria sido asfixiada, ele disse que ficou com medo mas por receio de que Romero fizesse algo contra ele decidiu ajudar nessa ocultação de cadáver”, explicou Deborah.
O corpo então foi levado para o galpão, foi jogado vários produtos inflamáveis, colocaram o corpo da jovem dentro de um tonel e atearam fogo. Após isso o tonel foi fechado e jogado na área de mata daquela empresa. Depois do crime, José Nilson foi embora e Gil Romero continuou na empresa até o fim do seu turno.
O desespero da Mãe de Debora
Mãe lamenta a morte da filha e neto. Débora estava em seu oitavo mês de gestação
"Tudo que minha filha tinha de mais precioso era o filho dela. Então é isso que eu peço, que encontrem ele, não para fazer maldade, porque no meu coração não tem maldade contra ele, nada que faça com ele vai trazer minha filha de volta, mas que encontre o bebê, pelo menos o que sobrou dele, para a gente poder enterrar também, mas eu tenho certeza que meu neto está vivo, eu creio nisso", disse a mulher emocionada.
PROCURADO
Apos ser comprovada a participação de Gil Romero no crime barbaro, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), iniciou ampla divulgação da imagem do homem de 42 anos é deu início à caçada ao feminicida que encerro na noite desta terça-feira, quando ele foi preso.
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