Reportagem Especial
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Quem são, quantos são e como vivem os yanomamis da maior região da etnia no Amazonas, Barcelos
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Os yanomamis já fazem parte do dia a dia da cidade de Barcelos. Geralmente após o dia 20 as famílias yanomamis chegam para receber recursos e fazer compras. Nas ruas, praças, calçadas, comércios ou nos próprios alojamentos é comum a presença de homens, mulheres e meninos.
Mais de 20% da terra yanomami estão em Barcelos, segundo o site Terrasindigenas.org.
Entidades que trabalham com as comunidades da etnia afirmam que cerca de 7 mil aldeados vivem hoje em 27 aldeias yanomami na região do município de Barcelos.
Um dos principais problemas hoje são as viagens para a sede do município para receber o benefício social e resolver problemas de saúde e documentação. Vale ressaltar que das 23 etnias que moram em Barcelos, a etnia yanomami e a maior e de mais difícil acesso.
Na cidades, os índios da etnia yanomami oriundos da Região do Médio e alto Rio Negro, além das suas dificuldades naturais de sociabilização enfrentam a vulnerabilidade social na sede do município.
Ao contrário do que muitos brancos pensam, os indigenas não são assalariados do governo federal.
Os benefícios recebidos pelos indígenas são o PAB- Programa Auxílio Brasil, o auxiliar maternidade, pago às crianças de até 4 anos de idade e demais benéficos a que fazem direito a todos os brasileiros.
Apenas os indígenas que possuem família que recebem recursos do Programa Auxílio Brasil.
Natália Souza - Assistente administrativo
O indígena Anadori é Yanomami venezuelano e chegou à tribo onde mora em Barcelos ainda criança. Segundo ele a falta de uma família faz com que ele deixe de receber benefícios, o que só aumenta sua vulnerabilidade social.
Segundo Rui Leno Macedo, Cacique Baré, que é secretário da Xoromawé, Associação Indígena de Apoio às Etnias da Região do Médio e alto Rio Negro, os yanomamis além das suas dificuldades naturais de sociabilização enfrentam a vulnerabilidade social na sede do município.
Para o Vanderlei a distância das aldeias da sede do município aumenta as dificuldades. Ele e parentes da Aldeia Bandeira Branca, quando vêm à cidade, além das dificuldades da viagem, não têm lugar para ficar, passam dias em uma cobertura no porto da cidade, no local improvisado não tem energia elétrica, água potável nem tão pouco banheiro.
O prefeito de Barcelos Edsom Mendes disse que a prefeitura além de manter convênios e apoio com instituições que trabalham a questão indígena, a prefeitura da Apoio aos yanomamis.
O Anildo quando vem pra cidade fica nas dependências do alojamento da sede da Funai no município, ele veio pra cidade com a família e reclama das despesas
Alguns grupos aldeias yanomami que possuem pequenas embarcações, optam por ficar alojados na própria embarcação. Em frente a cidade, às margens da praia Grande grupos se acampam e utilizam a Mara como seu próprio habitat natural.
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