Ano que marca o fim da imutabilidade do nome no Brasil tem Maria Alice como nova líder entre as mulheres e Arthur se mantendo na primeira colocação.
Uma das grandes novidades de 2022, o NOME deixou de ser imutável no Brasil. Embora desde junho deste ano seja possível a qualquer adulto maior de 18 anos alterar seu nome em Cartório independentemente do motivo, e pais de bebês, em consenso, alterarem o nome do recém-nascido em até 15 dias após o registro de nascimento – Lei Federal 14.382/2022 -, a preferência do amazonense não mudou entre os nomes masculinos: Arthur, com 438 registros, permanece sendo o nome mais escolhido no estado, em comparação com 2021.
Já entre as mulheres, há uma novidade interessante: a variação do nome composto Maria Alice desbancou Maria Clara e foi o nome mais registrado entre as meninas recém-nascidas, com 245 registros. Veja a lista completa abaixo.
Em 2022, os quatro nomes masculinos mais escolhidos continuam os mesmos, ainda em comparação com 2021, sendo o líder Arthur seguido por Gael (333), Miguel (342) e Heitor (300). Samuel (277) subiu duas posições e, neste ano, está em quinto lugar, seguido por João Miguel (263), que caiu uma posição, e de nomes bíblicos como Ravi (240), Davi (214), Gabriel (206) e a novidade no top 10, Noah (193).
Já no caso das meninas, a nova número um, Maria Alice, fica à frente de Maria Clara (238) e Maria Júlia (198) que saltou três posições do ano passado para cá, fechando o top 3. Helena (196) subiu duas posições e se encontra em quarto lugar, seguida de Laura (195), Alice (193), Maria (190) e Isadora (185). Caindo para o fim do top 10 estão Ana Clara (184) e Maria Eduarda (158) que, no ano passado, ocupavam a terceira e quinta posições, respectivamente.
Os dados completos catalogados pelos Cartórios brasileiros integram o Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), administrado pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), que reúne a base de dados de nascimentos, casamentos e óbitos registrados pelas unidades presentes em todas as 5.570 cidades brasileiras. Na plataforma é possível realizar buscas ano a ano em todo o território nacional, em regiões, estados e municípios, possibilitando ainda recortes por nomes simples e compostos.
“É interessante observar como as preferências dos amazonenses tem oscilações de ano a ano, levando em considerações também o contexto em que vivemos. Esse ranking demonstra justamente como os gostos das famílias se comportam com o passar do tempo e quais são as tendências para os próximos anos”, disse o presidente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Amazonas (Arpen/AM) e diretor da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg/AM), Leonam Portela.
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