
A caminhada de Maduro frente ao executivo venezuelano teve início
em 14 de abril de 2013, após a morte do então presidente Hugo Chaves, que morreu no início de seu terceiro mandato. Em uma nova eleição Nicolás Maduro foi eleito 57.º presidente da Venezuela, para cumprir seu primeiro mandato. Mesmo depois de uma gestão que levou o pais ao fundo do poço e deu início a uma ditadura camuflada atrás de uma república federal presidencialista governada pela Constituição venezuelana de 1999, Nicolás acabou reeleito em 2018, num pleito controverso e não reconhecido pela oposição e pela comunidade internacional, com muitos países e órgãos supranacionais não admitindo mais sua legitimidade como presidente.

Agora, candidato a reeleição pela segunda vez, é demonstrando que não quer deixar o poder, mantém sua ditadura camuflada e chegou a anunciar a possibilidade de um banho de sangue na Venezuela, caso a vitória não seja sua.

Para roubar a cena e tirar o foco mundial da corrupção eleitoral que se tornou as últimas eleições venezuelanas, o ditador resolveu usar a estratégia de fazer críticas ao sistema eleitoral brasileiro e à Lula para poder chegar no domingo e cometer os mesmos crimes que cometeu nas duas últimas eleições presidências.
As críticas de Nicolás Maduro foram feitas depois que Lula afirmou ter ficado “assustado” com a declaração do venezuelano de que poderia haver um “banho de sangue” caso perca as eleições na Venezuela...

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O colunista Mario Sabino do Jornal Metrópole publicou em sua coluna desta terça-feira, 23/07, texto que revela com exatidão o que vem ser a terceira tentativa de Nicolás Maduro de permanência frente à sua ditadura:
Mario Sabino
Tudo pronto para a farsa eleitoral de Nicolás Maduro
Está tudo pronto para que o ditador Nicolás Maduro fraude a eleição deste domingo com a chancela dos “observadores” brasileiros
"Neste domingo, acontecerá outra fraude eleitoral na Venezuela para que Nicolás Maduro e a sua cambada bolivariana emprestem aparência de legitimidade democrática à ditadura que há duas décadas esmaga os venezuelanos em todos os aspectos da sua existência"...

O medo de Maduro é perder o seu reinado para o candidato opositor mais forte, Edmundo Gonzales
Como a oposição conseguiu construir a candidatura de Edmundo González Urrutia, que lidera as pesquisas e venceria o ditador nas urnas se as eleições fossem limpas, Nicolás Maduro agora intimida abertamente os eleitores. Disse que haverá uma “guerra civil” e um “banho de sangue” se ele perder nas urnas.

Nicolás Maduro disputa seu terceiro mandado, pois na Venezuela não há limite de reeleição para presidente. O atual chefe do Executivo venezuelaano, que concorre à reeleição pela segunda vez, sucedeu Hugo Chávez, que também foi eleito três vezes, mas morreu logo no início de seu terceiro mandato executivo.
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