Adauto Silva
AM: Temos capacidade de conter o coronavírus, frente ao primeiro caso de Cobid-19?
Saiba nossa capacidade de combater o coronavírus: Amazonas realiza simulado para atendimento de caso suspeito do Covid-19, por via aérea.

O Amazonas realizou, na manhã desta sexta-feira (06/03), o 1º Simulado de Caso Suspeito do Novo Coronavírus (Covid-19) em Trânsito Aéreo para testar as ações das vigilâncias e assistência de saúde diante da possibilidade de um paciente sob suspeita de estar com o novo coronavírus dentro de uma aeronave em Manaus. O simulado ocorreu no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, na zona oeste da capital amazonense. A realização do exercício foi decidida em reunião do Comitê Interinstitucional Ampliado de Gestão de Emergência em Saúde Pública para Resposta Rápida ao Vírus Respiratório (Covid-19), na sede da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

N@.com/foto: casos suspeitos no Amazonas tiveram passagem pela Itália.
O coordenador de Vigilância Sanitária de Portos Aeroportos e Fronteira, da Anvisa, Região Norte, Jerfeson Nepumuceno Caldas, apontou que o simulado é importante para verificar se os fluxos de comunicação e de atendimento de um caso suspeito de Covid-19 estão sendo realizados de maneira correta. “É a oportunidade de avaliar se o plano de contingência será realizado de maneira correta, eficaz e eficiente para evitar qualquer dano, perda de tempo, e qualquer possibilidade erro”, afirmou Jerfeson. De acordo com enfermeiro do Departamento de Vigilância Epidemiológica da FVS-AM, Alesxandro Melo, o simulado é importante para alinhar as ações das instituições diante de um caso suspeito de Covid-19. “Nessa simulação, outras pessoas passaram mal, e depois o médico do aeroporto avaliou e descartou esses casos como suspeitos”, detalhou Alesxandro. O gerente de Produtos do Departamento de Vigilância Sanitária da FVS-AM, Jackson Alagoas, apontou que o simulado também foi a oportunidade para acompanhar o trabalho de desinfecção da aeronave com a assepsia dos bancos onde os passageiros com suspeita simulada para Covid-19 estavam sentados. “A equipe de limpeza retirou os bancos, limpou os assentos e encostos das poltronas com álcool em gel. Também foi feita a limpeza do banheiro, já que o passageiro simulado usou o local na aeronave”, explicou Jackson. Simulação – Na simulação, um passageiro passa a tossir e apresentar falta de ar, dificuldade respiratória, dor de garganta, febre e coriza, que são sintomas associados a uma gripe comum, mas também ao Covid-19. O exercício incluiu também outros dois passageiros, uma mãe e uma criança que sentiram fadiga durante o voo e, após a avaliação médica do aeroporto, são descartados como casos suspeitos de Covid-19. Os passageiros chamam uma das comissárias de bordo e informam os sintomas. A tripulação inicia o procedimento esperado para situações como a simulada: entrega de máscaras e busca por médicos entre os presentes no voo, além de encaminhamento dos passageiros sintomáticos para uma das extremidades da aeronave. A equipe de bordo busca manter os passageiros sob controle e informa a situação ao comandante do voo que, por sua vez, a repassa ao centro operacional aéreo. Em seguida, o plano de contingência do aeroporto é acionado. Ao conseguir autorização para aterrissar em área restrita do aeroporto, o chefe de cabine da tripulação informa ao posto médico da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), que atende os passageiros prestando os primeiros socorros necessários. A equipe da Anvisa segue para a aeronave, juntamente com a equipe médica, e encontra a tripulação para identificar se realmente se trata de um caso suspeito de Covid-19. HPS – O passageiro com sintoma é levado, em ambulância, ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) da Zona Norte (Delphina Aziz), na zona norte de Manaus, onde recebe atendimento em área restrita do hospital. Na unidade, técnicos do Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), da FVS-AM, realizam exames para confirmar ou descartar se o paciente está ou não com o Covid-19.